…e, felizmente, não viveram para sempre

de Nuno Gonçalves

Nuno Gonçalves divide-se entre Medicina e Letras.

Na escrita de ficção, venceu o Prémio António de Macedo em 2022, com o seu romance de estreia, O Pacto,  tendo também este sido distinguido com o Grande Prémio Adamastor de Literatura Fantástica Portuguesa, em 2024. Tem contos publicados em diversas antologias e foi o finalista português do concurso europeu de microcontos da EACWP em duas ocasiões (2022 e 2023).

Talvez resultado do seu ofício fora das Letras, Nuno Gonçalves aplica uma precisão cirúrgica aos seus textos, conseguindo uma rara e talentosa combinação de elementos, tons e emoções.

…e, felizmente, não viveram para sempre é uma coletânea de contos em que sobressai não apenas o terror (num espectro que inclui o gráfico e o incisivo, o cómico e o absurdo, o macabro e o comovente), mas a criatividade com que este terror é aplicado à página em branco.

A vida é muitas vezes feita de finais infelizes, e esta obra obriga-nos a olhá-los de frente; a ver o luto, a opressão, a violência, as consequências das nossas ações e a inevitabilidade do fim.

Depois de lerem este livro, duas certezas se evidenciam: a de que haverá histórias que ficarão convosco, e das quais se lembrarão no escuro ou numa noite sem dormir, e a de que Nuno Gonçalves, pela mesma razão, se revela como um dos grandes nomes do terror em língua portuguesa.

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