«A Demon’s Game: Episode 1»
Um regresso aos videojogos portugueses.
Quando Lúcifer — desculpem, Lucy — pede ajuda a um humano para capturar demónios, o que é que pode correr mal?
A Demon’s Game: Episode 1 é um videojogo FPS (first person shooter) português, lançado em 2017 e desenvolvido pelos RP Studios. Infelizmente, conta apenas com o primeiro episódio.
Daniel, um mero humano sem qualquer talento especial — aqui, não tenho a certeza se falo dele ou se de mim como jogadora —, acorda e dá de caras com um Lúcifer muito informal, que não só se apresenta como Lucy e nos trata como se fôssemos grandes amigos, como mostra o quão relaxado está com toda a premissa do jogo.
O nosso objetivo? Capturar quatro demónios que escaparam do submundo.
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Onde é que começa a nossa aventura? Obviamente que nos esgotos — num labirinto interminável, onde vamos encontrando pistas daqueles que lá trabalhavam e que, devido à presença do demónio, se foram transformando em algo menos humano. Os trabalhadores relatam que as mudanças podem ser lentas ou rápidas, mas que o fim é certo: monstros. Monstros que, de humano, já nada têm.
Entre bugs — como o monstro a correr contra o vento —, o crashar completo do jogo e a pouca memória que tenho, com pena minha, desisti rapidamente.
Mas fiz a minha pesquisa e nem tudo está perdido! Segundo as instruções dos criadores, existem 18 — sim, não me enganei, 18 — finais possíveis, em que, qualquer que seja a vossa decisão, vão mudar o jogo.
Atenção, não senti que tivesse alguma escolha. Era morrer, fugir e gritar, porque uma pessoa não é de ferro quando se trata de jumpscares.
Infelizmente, A Demon’s Game: Episode 1 ficou aquém. Está no limbo daquilo que é o terror e a comédia, o que julgo que podia ter sido explorado. Afinal, quem é que esperaria que Lúcifer, a personificação do mal, estivesse tão farto de andar atrás de demónios que, para se divertir, juntaria um humano à festa?
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Martina Mendes
Habituada ao terror desde nova, Martina via filmes assustadores para adormecer. Até hoje, não consegue terminá-los. É por isso que escreve sobre terror e que, mais recentemente, joga dentro do género. Com os jogos, definitivamente, não adormece!









