A Fábrica do Terror no Festival BANG!

«Qual foi a vossa primeira interação com o género de terror?»

A Fábrica do Terror viajou até Vila Nova de Gaia, no passado dia 8 de outubro, para perceber qual era a presença do terror na 3.ª edição deste evento.

de Susana Cruz @mythicmakeupartistry

Entre o concurso de cosplay, workshops e máquinas de jogos arcade, encontramos o grupo editorial Divergência, que tinha em exposição vários livros de autoria nacional. Muitos deles já se destacaram por aqui — Sangue Novo; Sangue – Uma Antologia Portuguesa; assim como outros que da autoria dos fundadores e colaboradores da Fábrica, tais como a Enciclopédia do Terror Português e As Sombras de Lázaro.

Despedimo-nos da Divergência e cruzamo-nos com a marca One Crime Story, que teve a apresentação do seu novo jogo de dedução e mistério, «O caso de Alexandre Monteiro». Este é um quebra-cabeças que busca despertar as habilidades de detetive nos jogadores, de forma a decifrarem se o caso se trata de um acidente, suicídio ou homicídio. Contou com um corpo falso, colocado no chão, envolvido em sacos pretos e coberto com um lençol ensanguentado — excelente marketing!


Na continuação do nosso percurso pelas diferentes salas do festival, encontrámos objetos colecionáveis, jogos e decorações que são características de um cenário assustador.


Mas era necessária uma adição muito importante à nossa visita: a opinião do público. Será que se lembram de qual foi a vossa primeira vez com o género de terror? As respostas foram variadas. Filmes, desenhos animados, anime e literatura foram os temas mais mencionados. Mas, independentemente da idade dos entrevistados, todas as opiniões sobre o terror iam dar ao mesmo sítio: «o terror, quando é bem escrito ou representado, brinca mais com as emoções do que os outros géneros». Constatamos também que, infelizmente, poucos estão a par do talento nacional de terror e nem procuram conhecê-lo. Um dos «tendões de Aquiles» em Portugal: acharmos que só o internacional é bom, sem dar hipótese ao nacional de mostrar o que vale. Muitas vezes, só reconhecemos o talento quando este conquista relevância internacional suficiente, e de forma independente.
A Fábrica está aqui para ajudar a mudar isso!

E, apesar de tudo, o terror esteve muito bem representado no Festival BANG!.