Dia 2: Prémio MOTELX Guiões e podcast Oniroscópio

O futuro (muito promissor) do terror português.

Tiago Matos ganhou o prémio de 2000 € para desenvolver a longa Trauma.

Sandra Henriques

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Às vezes, enquanto se espera pela atração principal (no caso de ontem, o pitch final dos cinco finalistas do Prémio MOTELX Guiões), encontramos algumas pérolas em potência. A 9.ª edição do Festival Guiões arrancou com a competição para Pilotos de Séries e, das muitas e variadas propostas, a primeira despertou-me a atenção: Guilherme Soares apresentou a ideia para A Fundação, uma série de ficção científica, terror e fantasia urbana, com laivos de Fringe, X-Files, Sobrenatural e Twin Peaks. Demasiadas referências para vir a ser um produto original? Talvez. Mas não o saberemos se a série nunca vir a luz do dia. Apesar de não ter sido o piloto vencedor, gostaria de ver o que sairia dali.

Depois do pitch das longas-metragens (a única incluída neste lote e que poderia ser considerada de género seria A Onça), foi altura de pôr os olhos no palco da sala 2 para os pitches dos cinco finalistas do Prémio MOTELX Guiões para uma longa-metragem de terror:

Francisco Lacerda (Dentes e Garras)

André Murraças (Faz-te Um Homem)

André Marques (Mar Agreste)

Sofia Perpétua (Maria Não Me Mates)

Tiago Matos (Trauma)

Tenho algumas considerações (pessoais) sobre como fazer um pitch, mas deixo isso para depois. Para já, e isso é mais importante, resta-me dar os parabéns ao vencedor Tiago Matos. Espero que, em breve, possamos assistir a Trauma.

Sandra Henriques

Autora de guias de viagens da Lonely Planet, estreou-se na ficção em 2021, ano em que ganhou o prémio europeu no concurso de microcontos da EACWP com «A Encarregada», uma história de terror contada em 100 palavras. Integrou as antologias Sangue Novo (2021), Sangue (2022) e Dead Letters: Episodes of Epistolary Horror (2023). Em setembro de 2023, contribuiu com o artigo «Autoras de Terror Português» para a Enciclopédia do Terror Português, editada pela Verbi Gratia. Em março de 2022, cofundou a Fábrica do Terror, onde desempenha a função de editora-chefe.