Fantasporto 2022: as sugestões da equipa da Fábrica do Terror

Filmes de culto, estreias mundiais e a antecipação da primeira experiência neste festival icónico

Assim que tivemos acesso ao programa do 42.º Fantasporto, deparou-se-nos a decisão (dificílima) de escolher os filmes que queremos ver. Para alguns dos membros da equipa, esta será a primeira vez no Festival Internacional de Cinema do Porto, e a excitação é palpável.

Sabemos que a seleção dos filmes é rigorosa, lemos e relemos sinopses, vimos atentamente todos os trailers e as nossas escolhas pessoais são tão diversas como a essência do Fantasporto. Mas não vamos estar só a ver filmes; contem com o acompanhamento diário do festival — que inclui apresentações de livros e uma exposição dos cartazes do Fantas desde a primeira edição — e as nossas opiniões sobre cada uma das histórias que se desenrolarem na tela.

 

Sem surpresas, do Fantasporto esperamos a qualidade do costume

Perguntámos a alguns membros da equipa quais as expectativas para esta edição:

«Sendo a primeira vez que estarei no Fantasporto, estou bastante entusiasmada para descobrir tudo o que o festival tem para oferecer. Estou particularmente interessada na diversidade de filmes que oferece, provenientes de tantos países diferentes. Uma coisa que valorizo em festivais como o Fantasporto é a coexistência entre filmes internacionais e nacionais. É de extrema importância o incentivo à produção de cinema português, pois existe imenso talento digno de ser explorado, exibido e galardoado.» — Patrícia Sá

«Do Fantasporto, espero sempre uma excelente simbiose de qualidade e criatividade. Este ano, no entanto, este festival de referência torna-se, para mim, ainda mais especial, por dar palco à apresentação da antologia Sangue Novo.» — Pedro Lucas Martins

«Desde que descobri o Braindead do Peter Jackson, por culpa deste festival, que o Fantasporto é como regressar a casa. Conto com dias bastante intensos onde há sempre muita partilha e discussões (saudáveis) sobre os filmes. O ambiente habitual, portanto. O Fantas é, sobretudo, uma reunião de família.» — Sandra Henriques

«Sendo a minha primeira experiência, quero ser surpreendida não só pela qualidade dos filmes, mas também pela organização e pela proximidade com o público. As expetativas são altas: nas (lamentavelmente poucas) 48 horas em que estarei no Fantasporto, quero regressar a Lisboa ansiosa pela edição de 2023.» — Maria Varanda

 

A nossa seleção de filmes internacionais

Oxhead Village (Takashi Shimizu, Japão, Antestreia Mundial), The House (Rick Ostermann, Alemanha), The Exorcism of God (Alejandro Hidalgo, coprodução Estados Unidos, México e Venezuela), Annular Eclipse (Zhang Chi, China, Antestreia Europeia), The Unburied (Alejandro Cohen Arazi, Argentina), Night at the Eagle Inn (Erik Bloomquist, Estados Unidos), Alchemy of the Spirit (Steve Balderson, Estados Unidos, Antestreia Europeia), 2049: Hedgehog Effect (Chien-Ching Chiu, Taiwan, Antestreia Europeia) estão na lista de todos os colaboradores da Fábrica do Terror.

A Patrícia Sá destaca ainda, na sua lista de filmes a não perder, Barbarians (Charles Dorfman, Grã-Bretanha, Antestreia Mundial) e Confession (Yoon Jong-seok, Coreia do Sul, Estreia Internacional).

A Marta Nazaré planeia não perder pitada dos filmes de animação que fazem parte da secção ANIMA-TE. É quase como se esta secção tivesse regressado ao Fantasporto de propósito para receber a Marta na sua primeira ida ao festival.

Não conseguindo decidir quais os filmes que mais quer ver, além dos que estão na lista de todos, Cláudio André Redondo espera deixar-se supreender pelas novidades e aproveitar para rever alguns dos clássicos, desejando secretamente ter o poder de se multiplicar de forma a conseguir ver todos os filmes.

Cinema português a descobrir

Amelinda, a longa-metragem de Miguel Gomes, foi dos primeiros filmes portugueses a ser incluído na lista dos imperdíveis. Como diz a Patrícia Sá, «se é de terror português que falamos, contem comigo.» Contem connosco! Para ver e divulgar.

Dedicaremos também tempo a ver as curtas em competição para o Prémio Cinema Português. Em 2020, Bunker, de João Estrada, venceu este prémio. Desde então, tem dado que falar em diversos festivais de cinema no estrangeiro e em Portugal.

Os clássicos a revisitar

O nosso diretor artístico, Ricardo Alfaia, conta ver um dos seus filmes favoritos de regresso ao grande ecrã: Blade Runner, de Ridley Scott. A celebrar 40 anos em 2022, esta obra icónica faz parte da secção FANTASCLASSICS.

A Patrícia destaca os filmes «High Society, Guess Who’s Coming to Dinner, e as questões raciais de que trata, e A Praga, uma amostra do terror brasileiro, que será projetado, também, na sua versão restaurada».