MOTELX: Crítica a «O Corpo Aberto», de Ángeles Huerta
Secção Prémio Méliès d’Argent – Melhor Longa Europeia
Em Corpo Aberto, terror folk de produção luso-espanhola, acompanhamos Miguel, um jovem professor destacado para uma aldeia remota na fronteira de Portugal com a Galiza (Lobosandaus), em 1909. Este é um local que ele claramente não vê como o ideal, cheio de personagens agarradas a crenças e tradições que ele sente estarem ultrapassadas. E após a misteriosa morte de um dos homens da aldeia, coisas estranhas começam a acontecer.
Ao nível técnico, o filme está muito bom, com particular destaque para a excelente fotografia que tira proveito da paisagem envolvente. As personagens são interessantes e a história é original, especialmente pela forma como aborda o tema escolhido, levando-nos a pensar sobre a vida, a morte e o amor.
O maior ponto negativo é a sensação de que o filme, por vezes, presume que o espectador sabe mais do que o suposto, com alguns momentos que carecem de maior explicação para fazerem sentido.
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Cláudio André Redondo
Apaixonado pelos livros desde os oito anos. Desde essa idade que sempre se aventurou pela escrita e foi acumulando histórias na gaveta, mas só recentemente começou a contar histórias de terror. É nesse género que encontra, atualmente, o maior prazer de escrever, sentindo por vezes que abriu uma porta para um lugar sombrio de onde figuras negras procuram sair. A gaveta abriu-se, resta saber o que de lá vem.