A Fábrica do Terror assinala dois marcos no Fantasporto 2023

Somos parceiros oficiais de comunicação e, como editora-chefe, integro o júri internacional da secção de cinema fantástico

Lembro-me de, por alturas do 40.º aniversário do «Fantas», um grupo de frequentadores habituais estar a dizer qual tinha sido o seu «filme-fantasporto». Braindead, de Peter Jackson, vinha à baila muitas vezes.

A longa-metragem de Jackson, que ganhou o grande prémio no Fantasporto de 1993, foi o filme que me deu a descobrir este festival de cinema fantástico (que muitas vezes também passava cinema independente de terror, apesar de esse não ser o único género homenageado), um evento anual que para muitos realizadores estrangeiros era (e ainda é) a porta de entrada na Europa e o ponto de partida para outros festivais.

Durante muitos anos, acompanhei o festival à distância, aproveitando para ver os vencedores no cinema Quarteto, em Lisboa. Por vezes, alguns chegavam às grandes salas de cinema. Em 2015, rumei pela primeira vez ao Porto para cobrir oficialmente o Fantasporto e, tirando um ano em que os compromissos profissionais não me permitiram sair de Lisboa e o ano em que os confinamentos da pandemia nos obrigavam a permanecer em casa, não tenho falhado uma edição.


2022 foi um ano especial: viajámos para o Porto para apresentar a antologia Sangue Novo (na presença de quase todos os autores) e foi o primeiro evento que cobrimos oficialmente como Fábrica do Terror. Entrevistas, críticas, sugestões de filmes; foram horas de trabalho de uma equipa dedicada.


Equipa essa que regressa ao Fantasporto em 2023, no ano em que a Fábrica é parceira oficial de comunicação. Sentimos o peso da responsabilidade, mas também um enorme orgulho pela confiança que a direção do festival deposita num projeto que ainda nem fez um ano. Se precisávamos de confirmação de que o caminho é por aqui, ela veio na forma deste sinal.


Além disso, aceitei com imensa honra e alegria o convite para integrar o júri internacional da secção de cinema fantástico.


Daqui a 40 anos, espero que os frequentadores habituais do Fantasporto estejam à porta do Cinema Batalha a dizer que o seu filme-fantasporto foi o que ganhou a edição de 2023. Terá sido um privilégio ter participado nessa escolha.