Bem-vindos à Casa de Usher.
Vamos assistir à sua queda juntos?
A Queda da Casa de Usher (The Fall Of The House Of Usher), uma série Netflix, criada por Mike Flanagan.
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16.50 € (com IVA)Não foi assim há tanto que discutimos, numa Sessão da Noite especial, as obras de Mike Flanagan. Por essa altura, já fazia algum tempo que estava anunciada a série seguinte, A Queda da Casa de Usher, e, como apaixonada das suas séries The Haunting of Hill House (A Maldição de Hill House) e Midnight Mass (A Missa da Meia-Noite), amaldiçoei todos os dias que esperei por este momento. A Queda da Casa de Usher estreou dia 12 de outubro na Netflix e, em 24 horas, já eu tinha consumido a totalidade dos oito episódios. Temos muito que falar.
Após construírem um império multimilionário, dois irmãos tentam impedir a queda do legado quando os membros da sua linhagem começam a morrer, um por um, de formas misteriosas.
O enredo foi construído numa teia impressionante e, mais uma vez, Flanagan faz-nos saltar na linha temporal dos acontecimentos, nunca nos mostrando tudo à primeira, mantendo o espectador agarrado ao ecrã e incapacitando-o de deixar o próximo episódio para o dia seguinte.
As personagens são viciantes e o mundo de Flanagan traz-nos não só personagens tão reais que quase saem do ecrã como um elenco de morrer, com atores que já conhecemos das suas obras anteriores, mas sempre adicionando novos elementos à família: Bruce Greenwood, Henry Thomas, Rahul Kohli, Zach Gilford, Kate Siegel, Carl Lumbly, Mark Hamill e a estrondosa Carla Gugino. É de ressalvar o desempenho desta última atriz, que assume sempre todas as personagens de modo a torná-las tão reais que deixam o espectador arrepiado. E, nesta série, Gugino assume muitas.
Os diálogos são fenomenais. A banda sonora da série é impecável. E as mortes são sempre surpreendentes. Os detalhes incluídos nesta série merecem um olhar atento por parte do espectador. Dedique-se aos episódios por inteiro. Observe tudo. Quando terminar o oitavo, se quiser repetir, tenho a certeza de que encontrará novas surpresas.
A Queda da Casa de Usher tem o seu título devido a um conto do mesmo nome, do autor gótico Edgar Allan Poe, mas, ao longo dos oito episódios, as influências de Poe estão presentes a cada segundo. Desde o nome das personagens às inúmeras mortes que marcam a série, aos adereços, ao mais ínfimo pormenor, a série está marcada por referências a variados contos de Poe, tais como «Os Crimes da Rua Morgue», «O Poço e o Pêndulo» e «O Corvo».
Informo aqueles que ainda não se inteiraram das notícias de que esta será, muito provavelmente, a última série de Mike Flanagan para a Netflix.
Vários projetos estão já em calha (com algumas adaptações de obras de Stephen King, o que é algo pelo qual ansiar), mas Mike Flanagan terá assinado contrato com a Amazon para as suas próximas produções. Esperemos que se mantenha dentro deste estilo que tornou tão seu ao longo das cinco séries Netflix e que nos surpreenda com mais obras dentro do terror.
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Maria Varanda
Diz-se que nasceu em Portugal em 1994, pelo menos nesta reencarnação. Quando a terceira visão está alinhada, brotam ideias na sua mente que a inquietam e tem de as transcrever para o papel para sossegar o espírito. Chamam-lhe imaginação, mas se calhar as ideias vêm de outro lado, e Maria serve apenas de meio de transmissão. Procura-se quem queira ouvir a mensagem.