Crítica a Confession, de Yoon Jong-seok
Thriller sul-coreano em estreia internacional no Fantasporto 2022
De Patrícia Sá
Confession, de Yoon Jong-seok, é um policial que não desilude. O crime é relatado a posteriori, inicialmente narrado por Yoo Min-ho, o principal suspeito do assassinato de, Kim Se-hee, convidando o espetador a construir o puzzle que conduziu à narrativa presente. Destaco a qualidade não confiável dessa narração, sendo que a advogada de defesa pressiona Yoo Min-ho uma e outra vez para que este confesse a verdade.
O filme tem a particularidade de tecer duas narrativas em simultâneo, sendo que uma delas, a princípio, parece ser apenas secundária, mas acaba por se sobrepor à que se pensava ser a intriga principal. Além disso, parece existir uma trama ainda mais complexa por trás, de que o espetador só se apercebe no final. Tocando em temáticas que vão desde o homicídio aos casos de pessoas desaparecidas, Confession é cativante para todos os fãs de policiais e mistério.
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Patrícia Sá
Patrícia Sá nasceu em 1999. Desde muito cedo que encontrou um refúgio na escrita e estreou-se como autora em 2021, com o conto «Amor», na antologia «Sangue Novo». Interessa-se especialmente pelo estudo da monstruosidade na literatura, nas artes e na cultura. Está determinada a provar que o terror é um género sólido. A arma dela? Resmas de livros teóricos sobre o assunto. Sublinhados. E com «post-its».