Crítica a Entombed, de Kjell Hammerø
Filme de terror norueguês premiado, exibido no Fantasporto 2022
De Cláudio André Redondo
Entombed, de Kjell Hammerø, conta a história de um mundo pós-apocalíptico onde os zombies andam à solta e os humanos lutam para sobreviver. A personagem principal encontra acidentalmente um bunker onde se esconde para se proteger, descobrindo que um casal lá está a viver. A partir daí, a história torna-se mais ou menos previsível, embora conte com alguns elementos originais como o facto de a mulher estar em coma.
Tecnicamente competente, o filme conta ainda com diálogos muito bons e algumas cenas bastante marcantes e memoráveis.
Há mesmo uma cena com uma faca que tão cedo não irei esquecer. As representações dos atores são boas, mas, ainda assim, sinto que o filme ficou aquém do que poderia ter sido. Talvez porque esperasse ser surpreendido — a história pedia que isso acontecesse —, talvez porque tenha sentido que mais podia ter sido feito com aquelas personagens. A verdade é que saí da sala de cinema com uma sensação de insatisfação.
Não é um mau filme, antes pelo contrário, mas sinto que poderia ser muito melhor. E tirando duas ou três cenas e diálogos, creio que rapidamente acabarei por esquecê-lo.
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Cláudio André Redondo
Apaixonado pelos livros desde os oito anos. Desde essa idade que sempre se aventurou pela escrita e foi acumulando histórias na gaveta, mas só recentemente começou a contar histórias de terror. É nesse género que encontra, atualmente, o maior prazer de escrever, sentindo por vezes que abriu uma porta para um lugar sombrio de onde figuras negras procuram sair. A gaveta abriu-se, resta saber o que de lá vem.