Crítica a xxxHOLIiC, de Mika Ninagawa

Filme fantástico japonês em antestreia mundial no Fantasporto 2022

De Cláudio André Redondo

 

xxxHOLiC, do grupo Clamp, conta já com 19 volumes no manga, uma série de anime de 24 episódios, um filme de animação e mais uns quantos OVA (original video animation). Tentar resumir toda a história num só filme é talvez algo arriscado. Foi isso que tentaram fazer.

O filme pega nos principais aspetos e tenta condensá-los numa única experiência. O resultado é um filme que parece nunca contar tudo, incapaz de agarrar verdadeiramente o espectador e que, de certa forma, parece incompleto.


Visualmente, o filme está magnífico, com cenários muito bem trabalhados e que retratam bem o espírito da série.


A banda sonora é excelente, encaixando bem no universo da história e fazendo  lembrar as músicas do anime. Infelizmente, esses são mesmo os pontos mais fortes de um filme que nos deixa com a sensação de que ficou muito por contar. Penso, sinceramente, que esta história ficaria a ganhar se fosse contada em mais do que um episódio, como tem sido recorrente em filmes baseados em mangas e animes mais longos.


É um filme que poderá agradar a alguns fãs da série, mas que dificilmente conseguirá atrair novos espectadores.