Crítica a «Run Rabbit Run»
Um filme de Daina Reid, com argumento de Hannah Kent.
A maternidade não é fácil, e Run Rabbit Run só vem afirmar que as crianças podem ser verdadeiros monstros.
O cinema de terror australiano tem vindo a marcar o seu estatuto com diversos filmes memoráveis nos últimos anos, como The Babadook, Relic e, mais recentemente, Talk to Me. Run Rabbit Run vem reforçar esta força artística poderosa.
Com a direção de Daina Reid, usando o argumento escrito por Hannah Kent, Run Rabbit Run retrata a história de uma mãe que se vê forçada a aceitar o seu passado sombrio, quando a filha de sete anos começa a comportar-se de forma estranha e exige conhecer a avó com quem nunca teve contacto.
Run Rabbit Run vai além do terror relacionado com a maternidade e debruça-se também sobre os segredos que escondemos e tentamos ignorar.
Com excelentes atuações de Sarah Snook e Lily LaTorre, uma montagem e fotografia que intensificam o desconforto da narrativa, e uma reviravolta dupla, Run Rabbit Run foi a sessão da meia-noite do primeiro dia do MOTELX.
Infelizmente, não há nova sessão programada, mas aconselhamos que guardem a referência para futuras visualizações.
O MOTELX continua a animar o Cinema São Jorge até à próxima segunda-feira.
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Maria Varanda
Diz-se que nasceu em Portugal em 1994, pelo menos nesta reencarnação. Quando a terceira visão está alinhada, brotam ideias na sua mente que a inquietam e tem de as transcrever para o papel para sossegar o espírito. Chamam-lhe imaginação, mas se calhar as ideias vêm de outro lado, e Maria serve apenas de meio de transmissão. Procura-se quem queira ouvir a mensagem.