Crítica a «Saloum», de Jean Luc Herbulot

Secção Serviço de Quarto

Segunda sessão: 10 de setembro, às 19h25 (sala 3)

Cláudio André Redondo

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Saloum segue um trio de mercenários conhecido como as «Hienas de Bangui» numa missão para transportar um traficante de drogas da Guiné-Bissau até Dakar, no Senegal. No entanto, um imprevisto a meio da viagem obriga-os a parar na região de Saloum.


Shaka, o líder do grupo, guia-os até uma comunidade onde garante que irão encontrar ajuda, mas onde acabam por encontrar muito mais do que o esperado.


Jean Luc Herbulot escolheu a zona de Saloum porque se sentiu inspirado pela mesma para contar uma história repleta de misticismo e focada nas lendas locais. E conseguiu captar essa sensação através da sua lente, mostrando bem a beleza do sítio e incorporando na narrativa as histórias e monstros que durante gerações assombraram as gentes locais. É um filme que se revela muito competente em todos os campos e com prestações tão boas que nos deixam com a vontade de ver mais daquelas personagens.


Saloum revelou-se uma muito boa surpresa no primeiro dia do MOTELX.


Conta com muita ação e tem no seu forte usar os mitos locais como grande fonte de inspiração, mostrando elementos de terror únicos e muito pouco explorados, que se revelam como uma verdadeira lufada de ar fresco no género, mostrando que há muitas histórias por contar se soubermos onde procurar. Será que poderemos ver algo semelhante em Portugal?

Segunda sessão: 10 de setembro, às 19h25 (sala 3)