Cruz dos Quatro Caminhos
Não pensem que as histórias das bruxas se restringem às aldeias.
Há uma praça onde se unem quatro ruas lisboetas (Graça, Angelina Vidal, Penha de França e Sapadores) cuja história foi abafada pela modernização.
Antigamente chamada Cruz dos Quatro Caminhos, terá sido perto deste local que, após o terramoto de 1755, foi instalada uma forca a mando do Marquês de Pombal, destinada àqueles que fossem apanhados a roubar dos escombros da tragédia.
Muito antes de a modernização da cidade e de a iluminação exterior ser comum, a Cruz dos Quatro Caminhos era um espaço onde reinava a penumbra. E com ela, alegadamente, vinham as bruxas. Lisboeta que se prezasse evitava a todo o custo este caminho, pois era onde as ditas mulheres se reuniam para praticar os seus rituais.
Da próxima vez que passar pelo local onde se cruzam estes quatro caminhos, lembre-se do seu antigo nome e da história que o pinta. Talvez ouça as lamúrias de um enforcado ou os risos jocosos de uma bruxa.
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Maria Varanda
Diz-se que nasceu em Portugal em 1994, pelo menos nesta reencarnação. Quando a terceira visão está alinhada, brotam ideias na sua mente que a inquietam e tem de as transcrever para o papel para sossegar o espírito. Chamam-lhe imaginação, mas se calhar as ideias vêm de outro lado, e Maria serve apenas de meio de transmissão. Procura-se quem queira ouvir a mensagem.