MOTELX: Crítica a «Deadstream», de Joseph Winter e Vanessa Winter
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16.50 € (com IVA)Deadstream segue um vlogger de Youtube que ganhou fama a fazer peripécias gigantes para enfrentar os seus medos. É após ter ido longe demais numa dessas peripécias que se vê obrigado a fazer algo ainda mais entusiasmante para voltar a ganhar seguidores. Para isso, decide passar uma noite sozinho numa casa assombrada, no meio de nenhures, enquanto transmite toda a experiência em direto.
Durante a transmissão, consegue irritar o espírito maligno residente, e o que prometia ser uma transmissão divertida com alguns sustos rapidamente se transforma numa luta pela sobrevivência.
O filme usa o estilo típico do found footage, se bem que, neste caso específico, um termo mais correto talvez seja live footage (quiçá um novo subgénero?). Neste tipo de filmes, é a própria personagem a responsável por captar todas as imagens, geralmente obtidas só com uma câmara, sendo que o filme usa de forma muito inteligente o argumento para justificar o uso de várias câmaras.
Tudo começa num tom humorístico, onde a personagem é introduzida como um idiota que vive para os likes, disposto a tudo para satisfazer o seu exigente e sarcástico público.
De seguida, é apresentado o local sombrio que deixa no ar a ideia de que o que aí vem poderá ser bastante pesado. No entanto, embora nos engane durante uns bons minutos, cedo se percebe que o objetivo dos realizadores não foi fazer um filme assustador ao estilo de O Projeto Blairwitch. Apesar de vários momentos tensos, com jump scares introduzidos nas alturas certas, o filme, é acima de tudo, divertido. Seja pelos comentários dos fãs da personagem durante a transmissão, pelas tiradas e reações imbecis do protagonista, ou pelo facto de os fantasmas terem corpos sólidos que podem ser destruídos por armas convencionais — ou não. É um filme em que o público se ri várias vezes e sai a falar dos seus momentos favoritos.
Dificilmente se tornará um marco dentro do género, mas, pela qualidade e bons momentos que proporciona, merece ser visto e até mesmo revisto por todos os fãs de terror que queiram passar um bom momento.
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Cláudio André Redondo
Apaixonado pelos livros desde os oito anos. Desde essa idade que sempre se aventurou pela escrita e foi acumulando histórias na gaveta, mas só recentemente começou a contar histórias de terror. É nesse género que encontra, atualmente, o maior prazer de escrever, sentindo por vezes que abriu uma porta para um lugar sombrio de onde figuras negras procuram sair. A gaveta abriu-se, resta saber o que de lá vem.