MOTELX: Crítica a «O Corpo Aberto», de Ángeles Huerta

Secção Prémio Méliès d’Argent – Melhor Longa Europeia

Cláudio André Redondo

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Em Corpo Aberto, terror folk de produção luso-espanhola, acompanhamos Miguel, um jovem professor destacado para uma aldeia remota na fronteira de Portugal com a Galiza (Lobosandaus), em 1909. Este é um local que ele claramente não vê como o ideal, cheio de personagens agarradas a crenças e tradições que ele sente estarem ultrapassadas. E após a misteriosa morte de um dos homens da aldeia, coisas estranhas começam a acontecer.


Ao nível técnico, o filme está muito bom, com particular destaque para a excelente fotografia que tira proveito da paisagem envolvente. As personagens são interessantes e a história é original, especialmente pela forma como aborda o tema escolhido, levando-nos a pensar sobre a vida, a morte e o amor.


O maior ponto negativo é a sensação de que o filme, por vezes, presume que o espectador sabe mais do que o suposto, com alguns momentos que carecem de maior explicação para fazerem sentido.