A antologia Sangue Novo é apresentada no Fantasporto dia 3 de abril às 17 h

 

Editada por Pedro Lucas Martins e com capa da autoria de Ricardo Alfaia, a antologia Sangue Novo, lançada na Ler Devagar em Lisboa, em novembro de 2021, vai ser apresentada pela primeira vez no Porto, em abril. O palco escolhido não podia ser melhor: o Fantasporto — Festival Internacional de Cinema do Porto, uma instituição com mais de 40 anos e um dos festivais de cinema mais antigos da Europa dedicado ao género do fantástico.

A apresentação acontecerá no dia 3 de abril, às 17 h, no Teatro Municipal Rivoli. Contará com a presença do editor e dos 15 autores: Cláudio André Redondo («Pestinhas»), Ricardo Alfaia («Uma Tarde de Verão»), Sandra Henriques («Praga»), Liliana Duarte Pereira («O Manicómio das Mães»), Martina Mendes («Conta Comigo»), Paulo A. M. Oliveira («Labirinto»), Maria Varanda («Godigana»), Marta Nazaré («O Devorador de Sonhos»), José Maria Covas («Bom Trabalho»), Madalena Feliciano Santos («Sonhei com uma Linha Vermelha»), Patrícia Sá («Amor»), Sandra Amado («A Mais Bela Profissão»), Vanessa Barroca dos Reis («Ritos»), Susana Silva («O Palco Vazio») e Francisco Horta («A Tradição»).

 

Sobre a obra, nas palavras do editor

A antologia Sangue Novo surge da constatação de que não existem, em Portugal, obras de terror suficientes, em especial antologias, sendo que as que existem não apostam exclusivamente em novos autores. Compreensível, uma vez que este género literário é um risco, e maior risco será se a ele se juntarem novos autores, de talento desconhecido.

Esta obra pretende correr esse risco; ser uma pioneira, para que outras lhe sigam as pisadas. Todos os 15 autores que a integram têm uma voz própria, plena de um potencial que se cumpre. Todos eles são promissores arautos de uma mudança nesta categoria literária.

Da ideia à concretização, decorreu menos de um ano, mas nada foi apressado. Os primeiros passos, ainda antes do primeiro contacto, são dados na Escrever Escrever, com o curso Escrever Terror, onde todos estes autores congregam. Depois, vem o convite, que todos, quase imediatamente, aceitam. Seguem-se meses de afincado trabalho de edição e composição para resultar nesta obra que, como o nome indica, traz sangue novo — às suas páginas, mas também à literatura portuguesa de terror.

É um projeto com claras intenções: a de oferecer um palco às histórias destes autores, a de promover o terror literário nacional e a de que estas duas intenções se possam combinar e contribuir para uma mudança de paradigma em relação ao género. A mudança faz-se de pequenas ações. E nunca sabemos quão grande ela pode ser, até a tentarmos.