Menos filmes, mais entrevistas

Em sala: terror francês, suspense português e ação japonesa

No domingo, a programação foi mais eclética e o público mais disperso

Sandra Henriques

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Quando o nosso horário de sessões começa a ter mais «buracos», é sinal de que temos tempo livre para conversar com os realizadores. Durante a cobertura do festival, é importante que falemos com os criadores depois de já termos visto os filmes. A perspetiva muda, muitas vezes, mesmo que a crítica já esteja publicada, e raramente as conversas são curtas.

Hoje, conversámos com o realizador japonês Eiji Uchida (Life of Mariko in Kabukicho), e com parte da equipa que o acompanha, e com o realizador britânico Russell Owen (Shepherd).

As entrevistas completas sairão em breve, mas posso adiantar que Uchida quis retratar no seu filme (inspirado nos série B americanos dos anos 80) a sociedade contemporânea japonesa que toda a gente conhece, mas que é pouco representada no cinema. Já Owen, porque quisemos «tirar teimas» sobre a nossa interpretação do final do filme, revelou-nos que, na realidade, escreveu cinco finais diferentes. Depois, partilhou cada um deles, isoladamente, com cada membro da equipa. O ator principal, por exemplo, conhecia o final que lhe tinha sido contado, mas, para o diretor de fotografia, a história era completamente diferente. O que é que isto provocou? Uma espécie de manta de retalhos que é, no fundo, espelho da confusão do protagonista.