Locais a visitar: Capela dos Ossos de Alcantarilha
A pequena vila algarvia tem também uma capela ornamentada com ossadas humanas.
Não é tão conhecida como a sua congénere em Évora, mas, para os apreciadores desta arquitetura ornamentada a restos mortais, a capela dos ossos de Alcantarilha, datada do século XVI, também merece uma visita.
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16.50 € (com IVA)Situada no município de Silves, a escassos minutos de Pera ou Armação de Pera, é quase impossível não encontrar esta capela. Basta seguir as indicações e/ou manter o rumo em direção à Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, quase sempre visível e destacada das restantes construções.
A capela em si, uma de seis em território nacional, está inserida no lado sul da igreja, no Largo do Ossário.
A dimensão da capela é relativamente pequena, não esperem um espaço amplo. Neste diminuto espaço, porém, a homenagem à morte e à sua inevitabilidade são por demais evidentes.
Não se pense também que é igual às outras. Mesmo o olho destreinado verá que os padrões criados pelos crânios e restantes ossos nesta capela são únicos, havendo, mesmo na homogeneidade da morte, uma especificidade na disposição dos seus falecidos ocupantes.
De notar ainda que as ossadas, provenientes de um antigo cemitério de adro da igreja, se encontram protegidas por um gradeamento, e sujeitas a videovigilância, para prevenir o vandalismo ou que se leve uma menos tradicional «lembrança». A antiga escultura de Jesus Cristo crucificado (porventura temporariamente) também foi retirada do altar.
Assim, lembrem-se de que só podem mesmo apreciar com os olhos (aqueles que a terra há de comer).
Dentro do mesmo tema, podem ler o nosso artigo sobre a famosa Capela dos Ossos de Évora aqui.
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Pedro Lucas Martins
Pedro Lucas Martins nasceu em 1983, em Lisboa. Desde aí, não se lembra de uma altura em que não gostasse de terror.
Com estes gostos, preocupou toda a gente à sua volta. Naturalmente, insistiu e venceu-os pelo cansaço.
Agora, entre outras coisas, escreve e edita ficção de terror, tendo sido esta reconhecida com o Prémio António de Macedo (2018) e com o Grande Prémio Adamastor da Literatura Fantástica Portuguesa (2020). Em março de 2022, cofundou a Fábrica do Terror, onde desempenha a função de editor literário.