Locais a visitar: Galeria Cruzes Canhoto
Uma galeria invulgar que reúne obras resultantes do trabalho desenvolvido por diversos artistas
Se gostava de conhecer os diabos da bonecreira barcelense Rosa Ramalho e não consegue ir ao Porto no imediato, poderá até ao dia 2 de abril de 2023 visitar a exposição «Rosa Ramalho: As Escolhas de um Colecionador», no Palácio da Cidadela em Cascais.
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16.50 € (com IVA)Soltamos com facilidade a expressão «cruzes, canhoto!», que, resumindo, é gritar com os maus espíritos para os afugentar.
Rezamos para que funcione, mas, na infelicidade de não resultar, o truque é correr o mais rápido possível, sem nunca olhar para trás. Existem pelo menos duas versões sobre a sua origem, mas ambas agradáveis. Diz-se que antigamente ser esquerdino era considerado algo negativo, uma vez que o próprio Diabo era apelidado de «o Canhoto». Outros dizem que na sua génese esteve um cangalheiro demasiado despachado nos tempos da peste negra… E adivinhem? Chamava-se Canhoto. E que maravilha será estar entre o Diabo e o cangalheiro! Bom, curiosidades à parte, só pelo nome já vale a pena conhecer a Galeria Cruzes Canhoto, situada na cidade do Porto. É uma galeria invulgar que reúne obras resultantes do trabalho desenvolvido por diversos artistas, muitos deles autodidatas, que de forma espontânea se exprimem através da arte.
É uma viagem por obras diferentes, projetadas por mentes inigualáveis e concebidas por mãos únicas.
Se gostava de conhecer os diabos da bonecreira barcelense Rosa Ramalho e não consegue ir ao Porto no imediato, poderá até ao dia 2 de abril de 2023 visitar a exposição «Rosa Ramalho: As Escolhas de um Colecionador», no Palácio da Cidadela em Cascais. Trata-se de uma exposição de cerca de 100 peças, pertencentes a um coleccionador privado (Tito Iglésias). É difícil resistir aos diabos cabeçudos e aos presépios (estou só a tentar manter o equilíbrio). Digo-vos, até os não-fumadores vão querer adquirir o cinzeiro do Senhor das Sombras… Pena que já tem dono!
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Liliana Duarte Pereira
Liliana Duarte Pereira, nascida a 30 de junho de 1986, é licenciada em Política Social através do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Sempre quis preparar os mortos para os seus funerais, mas não vingou. Tem fobia a pessoas falecidas e a portas entreabertas. Gosta de animais, de fazer doces, de rir de coisas mórbidas e de escrever.
Integrou as antologias «Sangue Novo» (2021), «Rua Bruxedo» (2022) e «Sangue» (2022). Venceu o Prémio Adamastor de Ficção Fantástica em Conto (2022) com «O Manicómio das Mães», da antologia «Sangue Novo».