Locais a Visitar: Serra da Gardunha
Já conheces o epicentro nacional de avistamentos de OVNI?
Há vários seres do outro mundo (dizem) que se passeiam nesta serra da Região Centro
Foto Header Fundão Turismo
Temos o verão à porta. Porque não deixar uma sugestão turística para aproveitarem o nosso Portugal? Vamos lá pegar no carro e conduzir até à Serra da Gardunha.
Dizem os entendidos que este é um dos locais mais misteriosos do nosso país, e vamos já apresentar-vos dois motivos irrefutáveis.
O primeiro é que este lugar é tido como o epicentro nacional de avistamento de OVNI; portanto, se está entediado, porque não tentar interagir com extraterrestres? (Esqueçam, eles só querem ver o ambiente, já perceberam que somos uma espécie estranha.) Este serviço, só por si, já marca muitos pontos.
O segundo motivo é que esta montanha concentra em si um misticismo muito próprio, o que resulta numa série de lendas (vamos dizer «lendas» para que os extraterrestres não achem que somos tresloucados, mas… Pronto, somos todos livres de ir testar).
Uma das mais conhecidas, e que se espalhou por povoações como Monsanto, Penha Garcia e Casal da Serra, diz que, em noites de lua nova, duas entidades sobrenaturais (estamos a brincar, ET) percorrem em silêncio os caminhos que ligam as aldeias.
E, sim, elas têm nome, porque somos um povo que coloca nome em tudo. Uma chama-se Boa-Hora, traja de branco e dá o ar da sua graça à meia-noite, com a missão de alertar as pessoas que se devem recolher (o que parece mais um aviso da junta de freguesia para evitar assaltos em meio rural), já que logo a seguir vem a Má-Hora, que, vamos supor, veste um belo vestido feito de escuridão e carrega tudo o que é ruim.
Dizem que estas «manas» são muito altas e os seus troncos e membros são excessivamente extensos (passar despercebidas não é com elas). Muitos são aqueles que acreditam já ter visto estas duas assombrações, certamente pessoas corajosas e ágeis como gazelas — ou então não sobreviveram e vieram relatar estes factos posteriormente (não sossegamos, nem depois da morte).
Resumindo, é um passeio bonito e animado! Se tiverem a infelicidade de se distraírem com as horas, é seguro acenar à Boa-Hora, mas refugiem-se logo a seguir, porque a Má-Hora virá cheia de vontade de privar com pessoas novas.
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Liliana Duarte Pereira
Liliana Duarte Pereira, nascida a 30 de junho de 1986, é licenciada em Política Social através do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Sempre quis preparar os mortos para os seus funerais, mas não vingou. Tem fobia a pessoas falecidas e a portas entreabertas. Gosta de animais, de fazer doces, de rir de coisas mórbidas e de escrever.
Integrou as antologias «Sangue Novo» (2021), «Rua Bruxedo» (2022) e «Sangue» (2022). Venceu o Prémio Adamastor de Ficção Fantástica em Conto (2022) com «O Manicómio das Mães», da antologia «Sangue Novo».