MOTELX 2022: Balanço e Agradecimentos
O ânimo da equipa operária da Fábrica do Terror para a sua primeira cobertura do MOTELX era enorme. Um ânimo justificado, uma vez que, dentro desta 16.ª edição, também se faria a apresentação oficial do nosso projeto.
Como poderão imaginar — e se não imaginam, dou-vos aqui a certeza —, todo o processo implicou muito trabalho. No final, e para não variar, a nossa esmerada equipa foi além do que lhes poderia ter sido pedido.
Decorridos estes breves, mas atarefados, dias de festival, vimos:
- 21 longas-metragens (incluindo as três de produção nacional);
- 11 curtas-metragens de animação;
- 12 curtas-metragens portuguesas;
- 15 microcurtas (com a respetiva revelação da premiada).
Estivemos presentes na sessão de abertura e na sessão de encerramento, com a cobertura das apresentações e entrega de prémios, bem como no painel MUTIM (sobre as mulheres no cinema) e na emissão ao vivo do Bangcast.
Entrevistámos ainda:
- Pedro Souto e João Monteiro (organizadores do MOTELX);
- Marta Taborda (atriz e argumentista da curta Cronos);
- Bernardo Cabral (realizador da longa-metragem Hotel da Noiva);
- Ricardo Machado (realizador da curta The Muppet Face);
- Carolina Aguiar, Francisco Magalhães e Pedro de Aires (criadores da microcurta vencedora O Fantasma da Minha Infância).
E a juntar a tudo isto, como referi, a não tão pequena tarefa de organizar a apresentação da Fábrica do Terror, com um painel de cinco oradores que nos falaram da produção de terror nacional em diversas áreas, fazendo ao vivo o que a Fábrica se propôs a fazer desde o momento em que abriu portas: divulgar e promover a criação de terror em Portugal.
Para este feito, foi preciso esforço, e o esforço faz-se de pessoas. Assim, permitam-me agradecer em particular e sem reservas à Patrícia Sá, que moderou com ímpar destreza a nossa apresentação, além de se prestar a ver filmes para os comentar. Igual agradecimento à Maria Varanda, que, contra várias recomendações nossas, só arrastada sairia do MOTELX, antes de ver todos os filmes a que tinha direito; ao Cláudio André Redondo, pelo seu incansável trabalho técnico e crítico, numa conjugação só possível para quem se move a pura força de vontade; e à Marta Nazaré, por todas as curtas de animação que viu e por nos dar o privilégio da sua entusiasta e conhecedora colaboração. Não deixo de agradecer à Liliana Duarte Pereira, ao Francisco Horta, ao José Maria Covas e ao Fernando Reis, por todo o apoio nestes dias e em todos os outros. Estão connosco sempre.
O agradecimento estende-se ainda aos bastidores, onde as luzes não brilham, mas onde o trabalho é muito e intenso. Assim, em nome da Fábrica do Terror, um muito obrigado à Telma Cebola, maestra responsável pelo adaptável e rigoroso planeamento e organização da nossa apresentação, no seu eficiente e necessário ajuste a todos os imprevistos; e à Cristina Moura, mágica gestora das nossas redes sociais, que só não fez um trabalho acima do excecional porque tem sido sempre esse o alto nível de empenho a que nos habituou, e que tanto reconhecemos.
Obrigado também aos meus caros cofundadores, Sandra Henriques e Ricardo Alfaia, que se desdobraram em várias frentes para cumprir objetivos, e que se meteram em trabalhos quando decidiram avançar com este projeto.
Obrigado a todos os que fazem este caminho connosco, por todos os que vestem literalmente a camisola da Fábrica para promover o terror em Portugal.
Por último, obrigado ainda ao Pedro Souto e ao João Monteiro, e a toda a maravilhosa equipa do festival, por nos receberem com tanta simpatia e boa-vontade. Não tenho palavras além destas para vos dizer como foi bom ter o MOTELX a dar palco a este projeto. Foi um prazer voltar a casa.
Em conclusão, resta-me dizer, no fim desta longa, mas imprescindível, lista de agradecimentos, que foi um excelente MOTELX — e que nós fomos excelentes nele.
É uma muito pouco modesta palmada nas costas, eu sei. Mas nós merecemos.
Para o ano, há mais.
Pedro Lucas Martins
Editor literário da Fábrica do Terror
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Pedro Lucas Martins
Pedro Lucas Martins nasceu em 1983, em Lisboa. Desde aí, não se lembra de uma altura em que não gostasse de terror.
Com estes gostos, preocupou toda a gente à sua volta. Naturalmente, insistiu e venceu-os pelo cansaço.
Agora, entre outras coisas, escreve e edita ficção de terror, tendo sido esta reconhecida com o Prémio António de Macedo (2018) e com o Grande Prémio Adamastor da Literatura Fantástica Portuguesa (2020). Em março de 2022, cofundou a Fábrica do Terror, onde desempenha a função de editor literário.