«O Cadáver de Anna Fritz» (2015)
Atenção, a seguinte opinião contém spoilers.
Deliberei sobre o assunto, mas continuo sem perceber se O Cadáver de Anna Fritz (2015), de Hèctor Hernández Vicens, é um filme verdadeiramente bom ou se a cena inicial que abre as portas ao desenrolar da história compensou o resto da trama.
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16.50 € (com IVA)Anna Fritz é uma atriz encontrada morta numa casa de banho, e o seu corpo é transportado para a morgue de um hospital. O facto de o enredo se desenvolver após a morte da personagem facilita todas as questões de saúde e doença que me ficaram pendentes, mas talvez alguma mente elucidada me possa vir a explicar o que sofreu Anna Fritz, considerando todos os sintomas que se seguem ao seu despertar entre mortos e vivos.
Pondo conversas médicas à parte, as atrocidades feitas ao corpo da jovem atriz às mãos de três pérfidos homens são uma forma chocantíssima de iniciar um filme. SPOILER ALERT: sim, estamos a falar de necrofilia.
Os atores representam os seus papéis de forma bastante satisfatória e a plausibilidade do enredo é auxiliada pela circunstância de a maior parte dos espectadores não conhecer o interior nem o quotidiano de uma morgue. Quem pode dizer se é deserta ao ponto de tantas coisas ocorrerem e ninguém dar conta?
De qualquer das formas, o cinema de terror espanhol arranja sempre maneira de não me desiludir e, não estando na lista dos melhores filmes que já vi, O Cadáver de Anna Fritz é uma boa escolha para esta Sessão da Noite. Evitem é a hora de jantar durante as cenas iniciais, OK? Não quero ser responsável pela vossa indigestão.
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Maria Varanda
Diz-se que nasceu em Portugal em 1994, pelo menos nesta reencarnação. Quando a terceira visão está alinhada, brotam ideias na sua mente que a inquietam e tem de as transcrever para o papel para sossegar o espírito. Chamam-lhe imaginação, mas se calhar as ideias vêm de outro lado, e Maria serve apenas de meio de transmissão. Procura-se quem queira ouvir a mensagem.