Sessão da Noite — «Until Dawn» (2025)

Um filme de David F. Sandberg.

Uma noite (ou mil) de splatter horror.

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Maria Varanda

Um grupo de amigos numa roadtrip com uma missão encontra-se preso num laço temporal onde tem de reviver repetidamente a sua morte.
Esta é, mais coisa menos coisa, a sinopse de Until Dawn. E é basicamente o filme todo, mas vamos por partes.


Until Dawn foi primeiro um jogo com uma estrutura baseada na tomada de decisão do jogador, e foi a partir dele que nasceu o filme de 2025.


Este chega-nos pelas mãos do realizador David F. Sandberg, cuja lista de trabalhos é longa e variada. Dessa lista, importa destacar Annabelle 2: A Criação do Mal, Shazam! e o maravilhoso, incrível e inesquecível Lights Out. Conseguem perceber porque é que fui, toda entusiasmada, passar quase duas horinhas em frente ao grande ecrã, certo?
As expectativas eram altas, mas a conclusão foi simples: devia ter esperado que chegasse ao streaming. E é por isso que só vos escrevo sobre Until Dawn agora.
Apesar de não trazer nada de novo ao género, e de ter uma mistura tão grande de motivos fatais, Until Dawn é um sólido filme que eu confortavelmente encaixo no teen horror — em parte porque ainda tinha muito para crescer.
Com excelentes filmes no seu reportório, desta vez Sandberg traz-nos um filme que entretém o espectador durante o visionamento, mas que deixa pouca ou nenhuma memória após desligar o ecrã.
É o clássico filme adolescente/jovem adulto, em que um grupo parte numa viagem (desta vez com um propósito maior além de ir beber e fazer skinny dipping) e se vê vítima de uma história cheia de sangue.
Nem tudo é mau, OK? Além de um elenco bastante satisfatório, até com uma versão 2.0 da vossa redatora, Until Dawn consegue entregar alguns sustos e nojos. Há uma panóplia de formas de morrer representada na sua hora e 43 minutos que serve para agradar do menos ao mais crítico.


É uma ótima escolha para ocupar o tempo enquanto não estreia nada mais elevado, ou para ver com uns amigos sem receios de perder partes da história no meio das risadas e palhaçadas do grupo (não há assim muita história para perder, apesar de Until Dawn fazer um esforço claro nessa direção).


O que falta? Um certo je ne sais quois, diria. Falta envolvimento com as personagens. Falta inovação. Falta não parecer que alguém quis juntar o Cabin in the Woods e o Happy Death Day no mesmo filme.
À data em que vos escrevo, o filme não está em nenhuma das plataformas de streaming, mas pode ser pré-encomendado na Prime Video, para os mais curiosos que não conseguem esperar.
E já sei o que estão a pensar: dois «meh» no mesmo mês?
Tudo tem o seu tempo. Até ao lavar dos cestos é vindima. Quem espera sempre alcança.
O melhor de 2025 ainda está para vir.
Vemo-nos na próxima Sessão da Noite.