«A Melodia do Mal» (2024)

Um filme de Erlingur Thoroddsen.

Será que uma música pode ser um portal para um mundo diferente?

Esta é uma Sessão da Noite diferente: não vou fangirlar nem jurar-vos que este é o próximo filme de culto ou um dos meus favoritos. Esta Sessão da Noite prova-vos que, para encontrar os muitos filmes de que já vos falei, tenho de ver muita coisa que me causa incómodo. Esta é capaz de ser uma delas.

A Melodia do Mal (mais uma tradução brilhante do marketing português, com o original The Piper) é um filme de Erlingur Thoroddsen, que chegou aos cinemas portugueses no passado dia 21 de março e para o qual a Fábrica recebeu o gracioso convite para o visionamento de imprensa no dia 14, tal como já tinha ocorrido com outros filmes como Smile e Scream, que se revelaram brilhantes surpresas. A Melodia do Mal é a primeira vez que a surpresa não é assim tão brilhante.


A longa-metragem conta com a participação do recém-falecido Julian Sands (talvez não a melhor obra para que seja lembrado) e retrata a história de uma flautista de orquestra que procura terminar o trabalho da sua falecida mentora, depressa descobrindo as consequências que daí advêm e o motivo pelo qual a compositora original morreu a evitar que a obra fosse terminada.


Já são vários os filmes baseados no flautista de Hamelin, incluindo um com exatamente o mesmo título, estreado em 2023, com a direção de Anthony Waller, e um filme sul-coreano de 2015. Serão filmes a ver noutras núpcias.

A longa-metragem em questão inicia-se com um ambiente altamente sinistro, mas rapidamente se desenrola para um ambiente constrangedor e pouco agradável, com o desempenho da totalidade dos atores a parecer altamente forçada (queridos, eu consigo ver que estão a representar, senti que são linhas de diálogo e não diálogo em si).

A distinguir certas cenas de fotografia e filmagem, com um uso fantástico de cor e de luz.

A história por trás também tem interesse, apesar de não trazer grande novidade, e poderia ter originado um filme agradável de ver. De qualquer das formas, e como há gostos para tudo, The Piper está à vossa disponibilidade nos cinemas portugueses para ser visualizado.

Desafio-vos a provar-me errada.