Exposição «Crime e Castigo – Comportamentos Desviantes na Sociedade Portuguesa do Século XV ao Século XX»
No Arquivo Nacional da Torre do Tombo até 28 de outubro de 2023.
Quem é que aqui gosta de um bom crime? Era uma piada, sintam-se mal pelo «eeeeeeeeuuu!!!» que ecoou dentro de vocês.
Os nossos livros estão à venda!
«Morte e Outros Azares»
16.50 € (com IVA)«Os Melhores Contos da Fábrica do Terror – Vol. 1»
16.50 € (com IVA)Não vale a pena arrependerem-se porque o castigo virá em breve. Vai tudo recambiado… vocês sabem bem para onde. Mas, antes disso, fazia-vos bem passarem no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, que fez o favor de nos deliciar com a exposição «Crime e Castigo – Comportamentos Desviantes na Sociedade Portuguesa do Século XV ao Século XX», ao retratar uma parte da história criminal e da história judiciária portuguesa.
É, no fundo, a recolha dos «melhores momentos» dos portugueses em termos de crimes e respetivas penas. Tem de tudo um pouco, desde o pequeno delito aos crimes mais significativos.
Alguns documentos estão expostos ao público pela primeira vez, como é o caso da sentença do Tribunal da Relação contra António Ferreira, acusado de roubo da Igreja Matriz de Odivelas, um escândalo que, naquela época, resultou na construção do padrão conhecido como o Senhor Roubado.
Ou o caso do traslado do auto de inquirição e devassa que se tirou pelo homicídio levado a cabo pelo Duque de Bragança contra a Duquesa D. Leonor de Mendonça, sua esposa, e por ter mandado executar António Alcoforado, um criado de sua casa, por suspeitas de infidelidade.
Está também exposta a cópia da sentença contra Luísa de Jesus, pelo homicídio de várias crianças, assim como informações sobre os crimes cometidos por Diogo Alves e as armas que utilizou. Ficamos ainda a conhecer vários outros crimes relacionados com heresia, rixas, vadiagem, falsificação de moeda, crimes passionais e o atentado contra o Papa João Paulo II.
São documentos que, apesar do conteúdo, merecem ser vistos, por serem pedaços de história, alguns deles escritos à mão, com uma letra perfeitamente desenhada e quase imperceptível, o que lhes confere um carácter único. Alguns são tão volumosos que, se fossem arremessados, serviriam perfeitamente como arma. Ainda bem que não estão acessíveis para experimentação.
Esta exposição é de entrada livre, de segunda a sexta-feira, das 9 h 30 às 19 h 30, ou aos sábados, das 9 h 30 às 12 h 30. Termina no dia 28 de outubro de 2023.
GOSTASTE? PARTILHA!
Liliana Duarte Pereira
Liliana Duarte Pereira, nascida a 30 de junho de 1986, é licenciada em Política Social através do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Sempre quis preparar os mortos para os seus funerais, mas não vingou. Tem fobia a pessoas falecidas e a portas entreabertas. Gosta de animais, de fazer doces, de rir de coisas mórbidas e de escrever.
Integrou as antologias «Sangue Novo» (2021), «Rua Bruxedo» (2022) e «Sangue» (2022). Venceu o Prémio Adamastor de Ficção Fantástica em Conto (2022) com «O Manicómio das Mães», da antologia «Sangue Novo».