Rocky Horror Show esteve na Casa do Artista
De 8 a 11 de fevereiro de 2024, no Teatro Armando Cortez, a Primeiro Acto trouxe ao público a lendária peça de Richard O’Brien, totalmente em português (sim, canções e tudo)!
Com um elenco jovem, mas incrivelmente talentoso e muito apaixonado pela peça, é impossível não ficarmos encantados com esta interpreta…ção.
Fotos de Alexandre Vaz Photography
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16.50 € (com IVA)Ao entrarmos na Casa do Artista, são-nos logo dadas instruções de que iremos participar na peça (mas calma, a partir do conforto dos nossos lugares). E participámos mesmo, porque deixamos as paredes do teatro e somos transportados para o mundo de Rocky Horror de uma forma cativante e surpreendente. Não existiu nenhum dos momentos estranhos que, por vezes, as traduções podem causar. Pelo contrário, a alma de Rocky Horror Show ressoou em cada canto do palco, pelos diálogos e pelas cenas musicais.
Com cenários parcos e adereços escassos, a equipa aproveitou todo o espaço de forma a que, em nenhum instante, o palco parecesse vazio. O jogo de luzes e o ensemble sempre presente recriaram toda a energia e toda a cor que caracterizam o musical.
Os atores encarnaram as personagens com uma dedicação e uma paixão que não deixou ninguém indiferente. Mas não só de emoção se faz uma peça, e por isso não deixo de sublinhar o imenso talento de que estes jovens são dotados.
Frank N. Furter esteve, de facto, ali naquela noite, e isso deveu-se ao estupendo desempenho de Henrique Barata. Destaco ainda os desempenhos de Salomé Costa (Janet Weiss), André Sequeira (Brad Majors), Leandro Costa (Riff Raff) e Beatriz Valente (Columbia), que preencheram a noite.
Um especial aplauso ao encenador Artur Marques; a Sofia de Castro, pela belíssima adaptação e direção musical; e à restante equipa que tornou esta peça realmente mágica.
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Patrícia Sá
Patrícia Sá nasceu em 1999. Desde muito cedo que encontrou um refúgio na escrita e estreou-se como autora em 2021, com o conto «Amor», na antologia «Sangue Novo». Interessa-se especialmente pelo estudo da monstruosidade na literatura, nas artes e na cultura. Está determinada a provar que o terror é um género sólido. A arma dela? Resmas de livros teóricos sobre o assunto. Sublinhados. E com «post-its».