Coleção «Monstro Cedário», de Joana Maurício

Aprender pode ser assustador, mas o Cedário tem a solução perfeita.

Desde um alfabeto de monstros-letras a emoções inquietas, o Cedário não tem mãos a medir. É procurado não só para ensinar a ler, mas também para resolver problemas emocionais.

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Marta Nazaré

Apresento-vos o Cedário.
À primeira vista, podemos sentir-nos intimidados pelos dentes grandes e pelas garras afiadas deste monstro azul-claro de chifres amarelos. Se o observarmos com atenção, vemos que, para lá desta aparência feroz, está um sorriso caloroso e braços estendidos para nos abraçar.
As aparências iludem. No terror infantojuvenil, é frequente termos seres assustadores que são, no fundo, criaturas afetuosas com vontade de nos conhecer e de fazer amigos. Se lhes dermos uma oportunidade, revelam-nos um mundo mágico de coisas novas para descobrir.
Após as apresentações, o Cedário leva-nos a conhecer os seus amigos um tanto ou quanto peculiares. Em Monstrocedário — um livro com grande sucesso entre a comunidade escolar e as famílias —, há monstrinhos que desempenham papéis de extrema importância. Sem eles, não podemos aprender a ler.
Cada um dos amigos do Cedário é uma letra-monstro com características dignas do nome. O monstro A é azul, arreganha os dentes e convida-nos a abraçar o abecedário. O B é «barulhento quanto baste», claro. Adora fazer banzé, berrar e tocar bandolim. São 26 monstros, e uma imensidão de vocabulário para aprender.
À medida que avançamos nesta história imaginativa, as criaturas do abecedário formam palavras e convidam-nos a escolher aquelas de que mais gostamos. Ficamos avisados de que as letras podem construir termos que assustam quem os lê, mas aprender a ler é, também, enfrentar medos e celebrar quando conseguimos formar palavras sozinhos.


Depois de arrumar o alfabeto nas gavetas, o Monstro Cedário prepara-se para dormir descansado, mas surge uma tarefa inesperada. Em Quem se Esconde no Armário? — um livro com uma abordagem diferente ao tema das emoções —, Cedário será chamado a «acalmar as emoções que não param de falar!»


O Medo aparece com o Cedário já deitado na cama, a tentar dormir. Esta emoção insegura desabafa as suas inquietações e pede ajuda para se esconder. Queria fugir dos seus problemas, tal como todas as outras emoções que, ao longo da noite, procuraram o auxílio do monstro azul.
Para as preocupações de cada emoção, o simpático monstro tem soluções: apresentar-lhes o seu antónimo. Para cada sentimento negativo, há um positivo. Se os juntarmos, como fez o Cedário, podem entreajudar-se e alcançar um equilíbrio. Também assim é na vida real.
Monstrocedário e Quem se Esconde no Armário? são da autoria de Joana Maurício,  ilustrados por Cristina Arvana e publicados pela chancela Nuvem de Letras, da Penguin Random House.
São histórias perfeitas para fãs de O Monstro das Cores, mas também para quem gosta de A Aranha Antonieta e o AEIOU e de O Alfabeto Nojento.
Instalou-se uma nova geração de monstros que se mostra mais acessível e humana.
Tal como o Cedário, deixaram de se interessar por pregar sustos às crianças e tentam, agora, ajudá-las a ultrapassar os seus medos, a gerir conflitos interiores e, acima de tudo, a aprender de uma forma (pouco) assustadora. Ter medo dos monstros é já uma coisa do passado.