«Quest of Dungeons», de Upfall Studio

Desenvolvido por David Amador.

Quatro personagens, uma escolha e um mapa sempre a mudar. 

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Martina Mendes

O Senhor das Trevas roubou toda a luz da terra de Virul. A nossa missão: encontrá-lo e, obviamente, dar cabo dele. Simples, básico e eficaz.

Bem… Não assim tão eficaz, pois das quatro personagens disponíveis — o guerreiro, o feiticeiro, o assassino e o xamã — só podes escolher uma. O lema: «um por todos e todos por um»? É mais um por um e salve-se quem puder.

Atenção, não é no mau sentido. Afinal, todo o jogo envolve um humor que faz quebrar o clichê da premissa da missão. Até porque, enquanto experimentava os comandos e, sem querer, morri — quem é que afinal vai tocar no símbolo da morte? —, apareceu a mensagem:

Seguida da minha mísera pontuação:


E, assim que morres, voltas ao mesmo local, mas o mapa mudou. Não só as passagens das dungeons mudam de local, mas também a localização dos monstros. O que diferiu bastante da minha ideia de roguelike.
Não sei qual foi o primeiro jogo que vos viciou, mas, para mim, ali por volta do ano de 2007/8, foi o Tibia. Alguém se lembra dessa pérola? E, tal como no meu precioso Tibia, quantos mais monstros atacamos, mais experiência ganhamos para poder passar de nível.

O saque é igual, acumulando no nosso inventário que rapidamente se esgota, porque «epá, isto vai dar jeito». Mas, para quem não é como um aspirador autêntico como eu, podem encontrar alguns NPC que darão dinheiro pelos itens e, com o dinheiro, poderão comprar novas armas ou equipamentos. A jogabilidade é fácil (apesar de no feiticeiro e no xamã serem diferentes) e o ambiente é apelativo para este tipo de jogo, pois só se consegue ver o caminho seguinte avançando. Afinal, o Senhor das Trevas roubou a luz.

Ao contrário dos roguelike que anteriormente joguei, em que escolhia sempre o feiticeiro ou o xamã, porque odeio perder e prefiro atacar de longe, aqui decidi avançar com o guerreiro. 


 

É, perdi algumas vezes. 

Mas é exatamente isto que gosto neste tipo de jogos. Ao escolher uma personagem, podes ver qual é o teu estilo de ataque e, caso não adores, há sempre a possibilidade de trocar.

Além de se poder escolher a dificuldade inicialmente (entre fácil, normal, difícil e inferno), o jogo está dividido em quatro níveis. Começa pelo mais fácil, matando ratos e morcegos, descendo — mas subindo a dificuldade — para outros monstros e, a cada piso descido, mais próximo te encontras do Senhor das Trevas.

Uma dica para quem não está habituado: vai mantendo as poções de vida e mana contigo. A comida que encontras é o que te ajuda a aumentar a vida, mas cuidado com o queijo envenenado que encontras nos ratos. Caso percas, o jogo goza mais um bocadinho contigo. Foi esse detalhe que fez com que morrer e ter de começar do início não fosse tão frustrante.

O único senão é ter apenas muito pouco de terror. 


Se o voltarei a jogar? Com certeza. Principalmente porque pode ser jogado offline e, apesar de o ter jogado no PC, o Quest of Dungeons está disponível para Android, IOS, Playstation 4, Nintendo Switch e Xbox One.